Quais os erros mais comuns.
Não participar da rotina de cuidados.
Além de planejar as atividades pedagógicas, é preciso também programar os momentos de banho, trocas, alimentação e sono das crianças e participar deles. Isso é essencial para o desenvolvimento de vínculos.
Adjetivar as crianças nas conversas com os pais.
Dizer a eles que a criança é muito bagunceira ou briguenta pode levar a conceitos equivocados e rotulá-la no grupo e na família. É necessário lembrar que, nessa faixa etária, as mordidas e o choro também são maneiras de se comunicar com o mundo.
Programar a rotina com base nas necessidades das crianças.
Ao montar atividades com brincadeiras, por exemplo, é importante observar a medida correta para não excitar demais a criança e levá-la ao cansaço. Também não deixá-la dormindo o dia todo. O ideal é observar suas características pessoais e, com base nisso, rever o planejamento.
O cotidiano de uma creche tem de contemplar muitas propostas de trabalho: é preciso coordenar atividades de sala, das brincadeiras aos cuidados, garantindo momentos de aprendizagem de modo articulado. Por isso, o planejamento é fundamental. Programar-se de modo minucioso, levando em conta as particularidades de cada criança e se mantendo atento ao que ocorre à sua volta, é a melhor forma de garantir que os pequenos aprendam em grupo.
Trabalhando com crianças em fases de desenvolvimento distintas, devemos pensar nas especificidades de cada faixa etária. Os objetivos de aprendizagem para os pequenos de 4 a 8 meses são diferentes daqueles pensados para os de até 12 meses e também para os com mais de 1 ano de idade.
A cada avanço, um novo desafio era proposto. Cada atividade desenvolve uma competência, e isso não ocorre da mesma maneira com todos. Por isso, é importante planejar pensando nas especificidades de cada um do grupo. Não dá para fazer uma lista única de objetivos para todas as crianças.
Não é apenas nesse momento de pintura ou brincadeira que o aprendizado ocorre. No banho, por exemplo, é hora de trabalhar o reconhecimento do corpo, com falas que estimulem a criança e estreite os laços entre ela e a educadora. Dizer que vai lavar o pé e a cabeça e anunciar as ações que vai realizar, sempre olhando no olho da criança, é essencial na construção de vínculos. Isso precisa ser estimulado sempre, até nas situações que parecem mais corriqueiras, mas que são importantes para que ela amplie seu conhecimento de mundo, para que o cuidar e o educar caminhem juntos, é importante que a família participe e compreenda os objetivos do planejamento. O relacionamento com as famílias pode ser enriquecedor para as atividades realizadas nas creches/CEIs mas principalmente, para o desenvolvimento das competências dos bebês.
Estabelecer um contato frequente com os pais é difícil. A maior parte dos familiares trabalha muito e não comparece às reuniões devido ao horário. Eles veem a creche como um espaço para deixar os filhos enquanto não podem tomar conta deles,ao invés de um ambiente favorável à aprendizagem. Por isso, a professora deve se aproximar dos pais ainda na fase da adaptação. Aproveitando a presença deles na creche durante esse período, conversando individualmente com todos para conhecer os hábitos de cada família e reforçou a importância da participação de todos nas reuniões. O contato com os pais só irá auxiliar o trabalho do educador e quem sairá ganhando será a criança.