Nas últimas décadas observou-se uma grande preocupação em relação às linhas pedagógicas adotadas pelas instituições escolares. Na Educação Infantil não é diferente. O que se verifica nas creches e pré-escolas são tendências bastante distintas, que, no entanto, podem-se mesclar na prática do dia-a-dia da instituição.
Parte significativa das práticas pedagógicas
Associa-se também a uma concepção ultrapassada de "pedagogia da prontidão", que compreende a pré-escola somente como uma preparação para a alfabetização e o cálculo. Não leva em conta que a criança tem uma maneira lúdica de interagir com o mundo e que a infância é um tempo em si.
No outro extremo estão práticas pedagógicas que idealizam a criança, considerando que ela tudo pode e tudo sabe. Segundo essa concepção, a criança é protagonista, e o professor não deve interferir no processo de aprendizagem. Não se valorizam as aprendizagens específicas e de conteúdos. Assim, observa-se a mesma limitação da outra prática, ou seja, não se atua no potencial de aprendizagem da criança.
Uma terceira via de ação pedagógica adotada pelas instituições assenta-se sobre a compreensão da importância das funções de "cuidar e educar" como aspectos indissociáveis no trabalho com crianças de
Esse trabalho acontece em sintonia com as necessidades básicas da criança – sono, higiene, alimentação, saúde e proteção – e voltam-se para o aprendizado do auto-cuidado por parte das crianças. Essa forma de atuar não se encontra pronta, com todas essas características, mas tem sido uma busca permanente de muitas instituições de Educação Infantil. Independentemente da concepção sobre a qual se estrutura o trabalho na instituição, é preciso entender que a criança é um ser pleno de potencialidades e que uma boa proposta pedagógica pode estimular suas capacidades e proporcionar à criança oportunidades de conhecimento e de desenvolvimento, ampliando as possibilidades de compreensão do mundo que a cerca.
Dessa forma, a escola deve propor situações que tenham sentido e significado para a criança. O professor passa a trabalhar com a resolução de problemas, tendo claro que não há uma resposta única para eles e que as crianças encontrarão caminhos e soluções individuais. Enfim, o professor passa a levar em conta que a criança tem uma forma específica de pensar e que cada uma tem uma maneira individual de compreensão.